A tendência slow fashion afeta a indústria da moda?

A tendência slow fashion afeta a indústria da moda? Malharia Indaial | Blog

A sustentabilidade tem diversas definições e práticas, o que deve nos deixar bastante atentos aos selos verdes e eco que se disseminam por aí. Uma das vertentes da moda sustentável que está se consolidando no mercado é o slow fashion, que incentiva a consciência ética e a criatividade. Quer entender um pouco mais sobre o movimento? Acompanhe nossas dicas!

O que é o slow fashion?

Embora o movimento tenha “slow” no nome, ele não tem nada de preguiçoso! Na verdade, o slow fashion foi criado por Kate Fletcher, consultora e professora de design sustentável no renomado Centre For Sustainable Fashion, da London College (Reino Unido). Inspirado no movimento Slow Food, o movimento incentiva que repensemos o nosso consumo e tenhamos mais consciência dos produtos que adquirimos, buscando conhecimentos sobre o ciclo de produção e valorizando a diversidade e a riqueza de nossas tradições. Portanto, assim como no Slow Food, busca-se valorizar a produção local e limpa, enriquecendo o território do consumidor e incentivando tanto o artesanato quanto as indústrias de seu país na busca por uma produção mais limpa e justa.

O slow fashion não pode ser denominado como tendência, já que é uma vertente da moda sustentável, cada vez mais apontada como um caminho para a inovação e a viabilização dos negócios na área.

E como desacelerar?

A proposta do movimento slow é desacelerar e interromper a lógica dos excessos. Afinal, vivemos em uma era com informações abundantes, e a ansiedade decorrente de tantas possibilidades pode nos levar ao mal estar. Para os adeptos, desacelerar significa fazer uma coisa de cada vez, da melhor forma possível. Desta maneira, procura-se melhorar o foco, uma tarefa necessária e desafiadora, especialmente no contexto das grandes cidades! Práticas de meditação, pilates, yoga e eventos de alimentação saudável podem ajudar a tornar esta tarefa mais possível.

Algumas das práticas adotadas pelo slow fashion para repensar o consumo de moda é a compra de itens usados em brechós físicos e virtuais, a adoção de peças atemporais, o consumo consciente e a montagem do que chamamos de armário-cápsula.

O que é o armário-cápsula?

O armário-cápsula foi popularizado graça ao blog Unfancy, de Caroline Rector, e busca simplificar a vida através de um guarda-roupa compacto. A própria Caroline, por exemplo, reduziu seu guarda-roupa a 37 peças para passar uma estação inteira, aumentando as possibilidades de combinação de cada peça.

Funciona mais ou menos assim: a cada três meses, o dono de um armário-cápsula reúne 37 peças versáteis de seu guarda-roupa. Estas peças precisam combinar entre si e com as características da estação. No verão, por exemplo, usamos peças mais leves, coloridas e leves. Já no inverno, necessitamos de mais casacos e usamos cores mais sóbrias. O número de peças pode aumentar ou diminuir conforme as necessidades do usuário, desde que ele estimule a criatividade e diminua as compras por impulso.

Um lembrete importante para quem deseja iniciar um armário-cápsula: nem tudo precisa ser uma nova aquisição. Observe atentamente o seu guarda-roupa, envie as peças que necessitam de conserto para a sua costureira de confiança e doe as roupas que não usa para quem precisa. Observe bem os itens que ficaram. Se você ainda acha que precisa de novas aquisições, faça uma lista de compras e pesquise atentamente antes de comprar novas peças. Observe bem o seu estilo e adquira apenas o que faça com que você se sinta bem.

Por isso, é tão importante garantir a presença de peças em boa qualidade (bons acabamentos e, a nossa especialidade, bons tecidos) e modelagem atemporal, que resista a diversas estações e possa ser combinada a outras peças. A construção do armário-cápsula também tem sido apoiada pela busca de trabalhos locais, que estimulem a indústria da moda brasileira.

O movimento slow é uma alternativa à obsessão com a velocidade e nos chama a atenção para os detalhes e para a valorização do trabalho de designers, artesãos e sabores locais. Limitando as aquisições, o slow fashion não só estimula a busca pela sustentabilidade como também incentiva a busca por um estilo próprio com criatividade. Gostou deste post? Compartilhe este post em suas redes sociais e ensine a outras pessoas o que são as práticas do slow fashion!

A tendência slow fashion afeta a indústria da moda?
Precisa de ajuda? Converse conosco